quinta-feira, junho 28, 2007

Crónica da ronda de 17/06/2007 (Santa Catarina)

Éramos quatro: eu, a Marta, o Pedro e o Luís. O Vasco continuava ausente pela pressão da época de exames e a Carla sentia-se muito cansada. Com a “deixa” sobre a especificidade do Amor segundo a especificidade de cada Ser e após uma ronda anterior complicada (com reacções pouco agradáveis sobre a questão dos sacos…) seguimos para a baixa, entre as intensas rajadas de chuva que se faziam sentir nessa noite…

Aguardando-nos muito amavelmente no r/ch, a D.E. e o Sr. F. já nos esperavam de porta aberta para que entrássemos rápido e não nos molhássemos ainda mais (um mimo muito simples mas muito significativo!). Calminhos, brincalhões e bem dispostos, falaram sobre a chuva, o S. João que se aproximava (sardinhas e farturas para a gulosa da D.E.!), o filho D. e o seu novo trabalho, as obras ao lado, a assistente incontactável, o joelho do Sr. F, e o “Franguinhas” (um cão peluche que oferecemos e que… não tem franjas! ehehe), sempre ao som incessante da chuva, lá fora…

Mal surgiu uma aberta leve (aliás, não tão leve quanto pensámos… mas enfim), despedimo-nos e corremos para o carro, enquanto o Pedro ainda foi espreitar se estava alguém na loja C. Mais uma vez vazia, resolvemos aquecemo-nos no interior do carro e seguir para a B., que nos esperava bem… molhada.

Torrencialmente parece uma palavra curta para qualificar o modo como chovia! Felizmente um conjunto de toldos já montados na B. para o S. João criavam uma espécie de “casca de tecido vermelho” que recolhia a água sobre nós e a deixava cair em força, num ritmo repetitivo e som engraçado, enquanto nos albergava no seu interior. Íamos algo receosos com a questão dos sacos mas tudo acabou por correr com pacificidade e entendimento, muito em parte graças à chuva que facilitou a calma e concentração no “momento da explicação”. Em conjuntos de grupos os nossos amigos foram chegando e ficando, ocorrendo (mais uma vez devido à chuva) simpáticos tempos e conversas que nem sempre são possíveis… Entre a resmunguice calma do Sr. A. e do Sr. A., o abraço ao I. e M., a conversa com R. e sobre o U., etc… tivemos a feliz oportunidade de conversar imenso tempo com o J. e com a D.E., no final já em grupos de dois para um (a Marta e o Luis com o J,; eu e o P. com a D.E.). Penso que estas duas conversas (que sem chuva até poderiam não ter acontecido!) foram muito importantes para ajudarmos melhor, além do conjunto de importantes acontecimentos semanais que acabaram por surgir da conversa com o J. (obrigada Luís!).

O E. e o Z.M. acabaram por não aparecer (como combinado) mas conheci o tão falado D., que não só “matou saudades” do Pedro, como nos colocou mais a par da situação actual dele e da D.E. Estaremos atentos… (para já acordámos passar a parar perto da sua pensão em vez do encontro na B). Devido à chuva demos boleia até casa à D. E., despedindo-nos com um peluche (desta vez uma galinha) - por ela escolhido - que a deixou imensamente satisfeita!

Seguimos para o encontro com P. e F. (que estava muito fofa com o seu pijaminha rosa!) a quem entregámos o perfume, gel corporal e champô pedidos; rimos com a “faltinha de jeito” do Luís ao partir a tampa de uma das embalagens (tssss tssss!); e ficámos contentes (mais uma vez) com o alegre olhar de receber um peluche (foi a semana dos peluches!), ainda por cima condizente com o pijama! O trabalho, as chatices com o colega, as necessidades de utensílios para a cozinha, a visita dos filhos, etc… foram outros pontos da conversa.

E pouco depois a ronda terminava, ainda debaixo de uma chuva torrencial “fora de época”, que nos molhou mas que não intimidou, possibilitando simpáticos contactos, diferentes modos de estar e curiosa boa disposição sobre o insólito clima em vésperas do verão… “chovia muito e até tínhamos bolo rei e havia luzes de enfeite na baixa, como se… fosse Natal, afinal”…

Beijinhos grandes, Raquel

Crónica de 3/06/2007 (Santa Catarina)

Na noite dessa ronda começámos por ser três: eu, o Luís e a Ana. Depois da azáfama dos sacos e de termos essa tarefa concluída, a Ana seguiu num carro diferente do nosso para poder vir embora mais cedo, já que teria um exame no dia seguinte. Em dois carros rumámos até à casa velha, onde habitualmente nos encontramos com os queridos D.E. e S. F.

Felizmente estavam bem dispostos (o que nem sempre acontece) e parte da conversa foi feita de histórias sobre a situação na casa velha (que deixam o Sr.F. sempre incomodado…), a consulta com a assistente social (que não aconteceu), a possibilidade de mudança futura (na qual o filho D. está a ajudar), e as habituais mimadices da D.E., com os desabafos mais ou menos comuns da semana, as reclamações irrelevantes sobre o sacos e as “semi-verdades” dela (que mais não são que o resultado da forma como vê e interpreta o mundo…).

Depois desta paragem confirmámos a não presença de pessoas na loja C., a Ana deixou-nos e nós seguimos para a B., inesperadamente muito vazia. Esta rara reduzida afluência de pessoas possibilitou-nos tempo e espaço para mais tranquilos “só estar” com aqueles que foram aparecendo; e foi bom constatar que tinham sentido a nossa falta no domingo anterior, pela impossível penetração na multidão que inundou a baixa por causa da vitória do FCP… Estivemos com o I. (e a sua conversa sempre rápida, entre aquele olhar jovem mas triste), com o R. (e os constantes abraços para o Pedro que não estava presente), a D. E e o seu cunhado T. (com as histórias de quem vive preocupada com a gravidez, os problemas de saúde, a casa, um trabalho…) e o Sr. J. (com quem passámos um grande bocado rindo e ouvindo as novidades sobre o tratamento, consumos, namorada, desencontros, mudanças de vida, …). Sem chá nem café outros foram aparecendo, estando e levando o saquinho, entre dedos de conversa mais pontuais.

Passava já da meia-noite quando nos dirigimos para a última paragem, a F. e o P., que foi muito boa porque os encontrámos super bem dispostos e alegres! Entre novidades semanais e os temas mais sérios que sempre ocorrem (diabetes, chatices com alguns hóspedes barulhentos, possível “gerência” da pensão onde estavam …), brincámos sobre alguns assuntos (como o gel perfumado para o corpo dela ou as “pessoas dificilmente contactáveis via telémovel” – eu!) e estivemos em afectiva partilha todos junto!

Voltámos para o carro, já destinados ao regresso a casa. Tinha-nos sobrado imenso pão pelo que decidimos dividi-lo com a intenção de congelar para a ronda/oportunidade seguinte (grande parte dele foi entregue no Aleixo ao longo dessa semana, em sacos com água, 1 peça de fruta e sandes de queijo/ fiambre).

Juntos, e já parados no carro, falámos sobre “oração” e orámos… como nos pareceu fazer mais sentido, pensado com a voz em diferentes pessoas e situações que temos no coração.


Beijinhos para todos

Raquel

Ida à Aldeia - 30 de Junho (festa da Catequese) Todas as pessoas do FAS estão convidadas!

Olá pessoal,
Esta semana, para não variar em Junho, temos "Aldeias". Esta será a última das 4 idas seguidas, para semana é sábado livre :)

Esta ida é aberta a todos, por isso se sempre quiseram conhecer o que se faz nas aldeias venham, vai ser muito bom :) (basta avisarem o Rui)

Vamos almoçar o almoço que as catequistas nos preparão (para o qual queremos dar-lhes um n. concreto de pessoas) e para o qual apenas temos de levar bebidas, que proponho compremos no sábado de manhã de forma a não levarmos bebidas a mais.

A partida está marcada para as 10h30 em frente à Igreja de N.ª Sr.ª de Fátima.


Agradeço a rápida resposta a este e-mail no sentido de confirmarem a vossa presença/ausência nesta próxima ida. Tragam calções e toalha, o rio é o local da festa :)
roupa velha para a batalha de esponjas coloridas (branca) e tachos para fazer barulho.
Já temos as tintas, a São está a tratar das esponjas, falta comprar as gomas e arranjar os rolos fotograficos.

Desejo a todos um bom final de semana!
Jorge
(Respondam por favor para o Rui)

terça-feira, junho 26, 2007

Crónica da ronda de 24/06/2007 (6º trajecto + Bonfim)

Partimos eu e o Raúl para casa da D. H. Atendeu-nos o D dizendo que a D. H dormia. Tinha tido uma tarde de emoções fortes e precisava de descansar (faria provavelmente 1 mês da morte da filha). Respeitámos o pedido e voltámos ao carro.
Procurámos o J perto do Teatro como combinado, mas não apareceu. Nem havia cobertores nos degraus. Procurámos também o Sr. V mas não o vimos, apenas cobertores. Nem o grupo de Ced. apareceu, apesar de termos esperado alguns minutos... Aproveitámos o tempo e a necessidade de distribuir a comida para improvisar uma ronda de pesquisa que frutuosamente resultou em distribuirmos 6 sacos a novos sem-abrigo. Apontámos nomes e locais. No próximo Domingo teremos novas paragens a distribuir pelas duas rondas.

João

segunda-feira, junho 25, 2007

Crónica da ronda de 24/06/2007 (Boavista)

Uma ronda mais do que especial, dia de S. João. Poucos mas cheios de vontade e garra, lá enchemos os sacos e partimos.

Primeira paragem, de volta ao cantinho do nosso sr B. mas desta vez com uma cara nova, o Sr. R. triste, só, cheio de dores (com problemas da prastata como nos disse) lá nos contou um pouco da sua vida.É de Estarreja, já cá está à muito tempo, um Sr. muito viajado, Espanha, França, África, alguns dos sitios onde foi passando. Despedimo-nos do Sr. R. que nos desejo "mucha suerte e mucha saude!".

Partimos para a nossa mítica D. F. que ainda deve andar nos festejos de S. João pois não a encontramos, deixamos o saco e o leão ficou a tomar conta dele.

Demos a volta ao lima cinco à procura do novo caso de que a Carla nos tinha falado, mas não encontramos.

Descemos a constituição na esperança de encontrar o Sr. Z. que já não vemos à algum tempo, mas ñem sinal dele.

Partimos em encontro do Sr. G., o R. não estava por ali por isso ficamos um pouco á conversa com o Sr. G. Lá nos falou das aureas e das doenças que entram pelos pés e aconselhou um alguidar com água quente, leite e lixivia, os pés em repouso dentro deste banho e as doenças desapareciam!

Despedimo-nos dificilmente pois a conversa com o Sr. G. estende-se sempre. Subimos e lá encontramos o R. Cansado, cheio de dores nos pés das andanças do S. João, lá nos pediu para ir ao CAT. O Jorge lá combinou, pela quarta vez, às oito da manhã no sitio do costume.

De poucas falas e com a ida ao CAT combinada lá partimos.

Encontramos o P. que mal nos viu pediu-nos para ir ao CAT, disse que na última segunda não tinha encontrado a M. e que por isso acabou por não ir.... Lá se combinou também para amanhã a ida ao CAT, disse-nos que todos têm ido menos ele e que assim não era vida! Despedimo-nos desejando-lhe boa sorte.

Demos a volta e encontramos um novo caso o A. Não quis grande conversa, agradeceu o saco e o chá e partiu.

Para acabar a ronda em beleza fomos ter com o grande A. Animadissimo e inspiradissimo fez-nos rir imenso e contou-nos a suas aventuras com os "cocós", os filhos!!!! Um deles continua no curso e animado com um possivel trabalho e o outro tem sarna e por isso anda a fazer tratamentos e exames. Explicamos que era altamente contagioso e que deveria tomar cuidado.

Á chegada ao CREU ainda passamos no sitio onde a M. dorme mas não se esncontrava lá. Esperamos que tenha ido na quarta à metadona.

Boa Semana

Benedita

*

Segunda, 25 de Junho:

"Olá a todos, aqui vão as noticias resultando da ronda de ontem:

O P. dormiu sem nada junto ao J. P. (quando o acordei até pensei que o JP quisesse vir tb!) foi comigo ao CAT, ele deverá começar a tomar a metadona na 4a. Está animado e até pediu comprovativo para mostrar à mãe. Na 4a ele deve ir em jejum e a ressacar e entrará na metadona. Correu tudo bem.
O R. não apareceu (mais uma vez) nem no local combinado, nem no local de pernoita.... Será que será 5a de vez?
A M. está no Programa Metas, desde a 4a passada, está lavada e muito diferente, ela era conhecida por toda a gente porque era uma das mais conhecidas capeadoras do Aleixo! Era conhecida por G. Torre Um! A má noticia é que ela é Seropositiva....

Um abraço a todos, muita força,
Jorge"

Crónica da ronda de 17/06/2007 (Batalha)

Manela e Luís… Esta crónica é um pouco mais vossa, pois sei que acompanhar os nossos amigos noite após noite, nem que seja à distância é um passo para a proximidade. O tempo pareceu não nos dar tréguas, mas não foi isso que nos impediu de prosseguir.

A nossa primeira e habitual paragem – o Sr. D. que desta vez foi um misto com o Sr. M.! Misto por assim dizer… A Inês e o Paulo junto do nosso brincalhão Sr. D…. Sabem aquele artista que não muda a sua maneira de ser? :) Pois é, continua exactamente igual! A proximidade e a necessidade de um ombro mais do que amigo é o que realmente o preocupa. Tudo o resto parece ser supérfulo, pois a ideia de que o sexo feminino lhe resolve a solidão é uma constante – imaginem que perguntou à Inês se não pensava nele enquanto estudava :D Pois, mas mesmo com tudo isto a conclusão é que apesar de tudo gosta de nossa companhia! Eu e São estivemos com o Sr. M. que nos contou mais algumas aventuras da sua semana… Manela as tuas cerejas continuam no frigorifico, porque há que poupar, ihihihih, aconselhamos a come-las rapidamente senão haverá desilusões relativamente ao seu estado! Ficou a promessa de um novo encontro na próxima semana.

Partimos “debaixo de chuva” para encontrar o M., S. e todo um conjunto de amigos que nos aguardavam para conversar um pouco! Tudo parece estar a correr bem com o M. Já o S. continua o mesmo de sempre, fala tanto que saímos de lá com a vontade de não ouvir ninguém nas próximas 24h :D O que lhe vale é que está com o Sr. A. que tem sido mais do que um irmão para todos eles – é muito importante que haja pessoas assim. Estivemos a conversar um pouco com um rapaz que tem um problema de pele que nos contou algumas experiências de vida e a forma como lida com elas. O Sr. dos versos também deu o ar da sua graça :) foi uma noite bem molhada, mas calorosa. Ah, para não esquecer deixamos as calças que a Manela deixou para o M., parece que lhe devem servir na perfeição!

Com mais uns bons litros de água seguimos rumo ao Sr. F. que estava um pouco “woooo” a cair para lá e para cá… Mas lá tivemos o cuidado de o encostar um pouco. Desta vez o Paulo foi um espectáculo, levou-lhe um rádio… a alegria nos olhos daquele homem, de encantar. Falamos um pouco com o nosso amigo, falamos dos nossos elementos ausentes (ficou o espanto quanto ao período de ausência da Manela), das notícias e claro não faltaram os cumprimentos habituais a delicadeza e educação de sempre. Falamos sobre a necessidade de uma banhoca, de uma barba bem cortada para uma higiene cuidada… Será desta que o conseguimos convencer? Duvidamos, mas temos de tentar! Ficou a despedida até à semana seguinte e, claro, a nossa amiga chuva que continuou a acompanhar-nos.

O Sr. J.… ai o Sr. J. Bem já não sabemos o que pensar, mas contou-nos da falta de dinheiro para os transportes de segunda-feira para ir trabalhar para a Maia – diz ele que a sua mulher o levou para o vício :( De resto falamos dos companheiros habituais que assustam a nossa Inês e nos assustam também :D Quanto mais não seja pelo susto do susto dela :) De resto nada de mais, apenas prometemos para a semana levar uns peluches para a filhota.

Seguimos rumo ao Aleixo na expectativa de encontrar o P.… demos voltas e voltas e voltas e mais voltas, mas de nada adiantou porque dele nem sinais. Resolvemos deixar o nosso saco habitual a um rapaz que estava ali num jardim, sim porque pelo menos a ele devia fazer falta. E foi com mais chuva que regressamos a casa, porque afinal na ronda não fomos 4, mas 5 – eu, o Paulo, a São, a Inês e a Chuva que parece ter vindo para ficar.

Para o Luís fica o desejo de uma excelente viagem de finalistas e para ti Manelita um beijo grande e espero acima de tudo que possas relaxar e ser ainda mais do que já és entre nós – uma ajuda a pessoas que realmente precisam de carinho e atenção.

"Sem os outros, a vida, o amor e a felicidade não passam de utopia. Estamos todos interligados por uma infinidade de fios. Cada vida depende de outra e nenhum se desenvolve sem as outras." Phil Bosman

Sabina Martins

quinta-feira, junho 21, 2007

Ida à aldeia este sábado (23 Junho)

Olá pessoal,
Esta semana temos "Aldeias". A partida está marcada para as 10h30 em frente à Igreja de N.ª Sr.ª de Fátima.
Agradeço a rápida confirmação da vossa presença/ausência nesta próxima ida.
Tragam calções e toalha, pode ser que o rio esteja em grande :)
Vamos tentar voltar mais cedo cedo para irmos comemorar o S. João em grande!
Desejo a todos um bom final de semana!

Rui
(Respondam para o Rui)

segunda-feira, junho 18, 2007

Crónica do IPO (2/6/2007)

Esta Crónica vem com alguns bons dias de atraso e por isso, desde já, desculpo-me, mas realmente os dias andam complicados e não sei porquê o tempo teima em não esticar…

Neste sábado ao chegarmos, já não esperámos todos uns pelos outros à entrada, fomos entrando devagarinho, já conhecendo alguns cantos à casa já habituando os nossos passos ao caminho e à expectativa.

Na salinha de convívio não estava ninguém. É uma sensação contraditória, por um lado, que bom que é não termos companhia, é sinal que podem estar em casa, por outro sabe bem chegar e ter a quem dar um mimo, com quem jogar.

Desta vez parecia que ia ser uma tarde mais parada.

Começamos a percorrer o corredor à procura de caras novas, ou já conhecidas a precisarem de uma boa gargalhada ou só de companhia. Afinal estavam todos, ou quase todos na sala de vídeo a divertirem-se com um show de “wrestling”. Dois ainda estavam no quarto numa verdadeira competição cerrada de corridas de carros com os pais, que não têm hipótese nenhuma já que se tratam de verdadeiros craques.

Fomos visitar a M. que ainda está no internamento e por isso só podemos cumprimentar da beira da porta. É uma alegria só aquela criança, sempre actualizada nos episódios da Floribella, consegue fazer rir quem lá passa e é uma ternura só ver a cumplicidade daquela mãe e daquela filha. Não há palavras que expliquem, só mesmo vendo os carinhos e os olhares que vão trocando.

Ultimamente tenho sentido que somos um grande apoio para os pais. Principalmente para os que passam 24h por dia com os filhos é tão bom poderem afastar-se uns 5 metros para respirar. As necessidades destas crianças sugam-lhes toda a energia. Dão tudo o que têm sem reservas e sem tempo de recarregar baterias. E por vezes, no gesto simples de ficarmos com uma criança só enquanto o pai ou a mãe vai lanchar, está o mais que podemos fazer por aquela pessoa.

Acabamos a divertir-nos com o jogo do euro, a comprar e a vender países, com o J. e o F. a ganharem tudo, já que são verdadeiros profissionais.

Ana Sampaio

quinta-feira, junho 14, 2007

Caminhada na montanha!

Olá,

Este fim-de-semana vamos realizar uma caminhada por terras do Marão, organização partilhada entre a Actijoves e o FASRondas.

Esta iniciativa insere-se no contexto da vertente de voluntariado das Aldeias, mas a participação encontra-se aberta a todos os membros do FAS . Será uma oportunidade única para conhecer de perto o nosso terreno de acção.

A caminhada estender-se-á ao longo do dia, tendo início às 10h e terminus às 15h30. No decorrer desta estão agendadas: a passagem por alguns sítios estratégicos, uma paragem mais prolongada para almoço e a realização de alguns actividades, nomeadamente, no final com alguns jogos na piscina.

Peço a todos os interessados que comunicam da sua disponibilidade para participar nesta caminhada.

Avisos aos participantes:

1. Encontramo-nos às 8h30 em frente à Igreja N.S. de Fátima.

2. Levem roupa desportiva e calçado adequado para uma caminhada, fatos de banho para a actividade final na piscina e algo para partilhar ao almoço.

3. Podem responder-me para o e-mail: rmmota81@gmail.com ou telemóvel 936 020 206


Beijos e abraços,

Rui Mota

Crónica Ronda de 10.06.07 (Boavista)

Domingo, quase dez da noite, lá nos juntamos para mais uma ronda. Enquanto os sacos eram reforçados, eu e a Joana fomos ao restaurante buscar a P., pois tinha ficado combinado dela vir connosco fazer a ronda.
Mas tal como a Joana previa ela já lá não estava, já tinha ido ter com o P. Falamos um bocado com os senhores do restaurante, que ficaram babados ao verem as fotografias que a Joana tinha da P. com uma das gémeas, já que a outro estava internada no hospital.
Seguimos para o CREU e logo reunimos a equipa e partimos. Paramos num sitio novo à procura de um novo caso mas não o vimos por isso seguimos para a D. F. Lá nos recebeu sempre resmungona, revoltada com o mundo.
Tinha lá estado uma carrinha com uns jornalistas mas ela deu-lhes uma corrida dizendo que não era exposição. Falou-nos também do caso do filho J. que apanhou uma pena de sete anos.
Depois de muitos resmungos despedimo-nos e partimos à procura do Sr. Z. Não o encontramos e seguimos à procura do R. tinhamos que lhe dizer que infelizmente esta semana não ia dar para irmos ao CAT. Como não o encontramos fomos ter com a M. e o P. que também queriam ir ao CAT, a M. estava toda bem disposta entusiasmada, mas quando lhe dissemos que não ia dar para ir ao CAT ficou desiludida e triste, pedimos-lhe mais uma semana de paciência e que na próxima segunda decerteza que a iamos conseguir levar. Como nos vimos o P. pedismos-lhe para ela lhe dar o recado.
Ainda vimos o P., mas estava a ressacar, desesperado por fazer dinheiro, quis o saco mas não conversa.
Seguimos à procura doR. mais uma vez, não o vimos, mas encontramos um Sr G., um caso que a Ana já nos tinha falado, com quem estivemos um bom bocado à conversa. Contou-nos um pouca da sua história, é um Sr muito simpático, muito triste, muito desiludido com a vida. Combinamos de o ver no próximo domingo e lá partimos em busca do R.
Paramos mais à frente onde perguntamos a uns amigos do R. se não o tinham visto, quando para nosso espanto nos disseram que era ele um bocado mais atrás do sitio onde estavamos.
Demos mais uma vez a volta ao carro e paramos junto dele. Estava desesperado, amedrontado, tinha levado uma tareia, discussões de rua. Custou ter de dizer que não ia ser esta semana que ele ia ao CAT, ainda por cima tinha feito uns dinheiros extras para a dose da manhã.
Despedimos-nos e partimos para a última paragem o sr A. Um luxo duma paragem, sentados todos juntos á volta de uma mesa a beber chá! O sr. A. faz esta semana por isso combinamos de pssar lá e fazer-lhe uma surpresa. Mas o melhor presente adiantado que o sr A. teve foi que um dos filhos foi chamado para tirar um curso e depois ir trabalhar. Só visto a alegria do sr A., não é possivel descrever o brilho dos olhos.
Foi assim mais uma ronda de domingo. Esperamos que no próximo domingo possamos dizer à M., ao P. e ao R. que os podemos levar ao CAT na segunda de manhã.

Benedita

sexta-feira, junho 08, 2007

Ida à aldeia

Olá!

Começa esta semana o atribulado mês de Junho nas Aldeias, esta é a
primeira das quatro visitas agendadas. Sábado teremos um dia normal,
sem qualquer actividade extra; a partida do Porto está agendada para
as 10h30 (p.f. peço a todos que respeitam os hórários, e sobretudo, as
pessoas que os cumprem, evitando atrasos), no ponto de encontro
habitual: em frente à Igreja de N.ª Sr.ª de Fátima.
Para facilitar a organização deste dia é desejável que todos os
voluntários confirmem a sua presença/ausência nesta próxima visita, no
mais breve prazo possível.Obrigado.

Continuação de um bom feriado e uma óptima sexta-feira,

Rui

quarta-feira, junho 06, 2007

Crónica Ronda de 03.06.07 (Batalha)

Iniciamos a ronda com os manos M e S. Conhecemos melhor o famoso Sr. A: é reformado, faz parte de um grupo de rondas aos sem abrigo (saem para a rua às quartas à noite) e dedica-se especialmente a este grupo. O M continua na mesma pensão a recuperar mas agora com uma difícil missão, cuidar do irmão. Provisoriamente, o S está em casa do Sr. A. Em conjunto com os MM, todos estão empenhados em, ajudá-lo, brevemente arranjar-lhe um quarto próximo do M, para tentar que ganhe mais juízo.

Partimos para o Sr. D. Despertou, começamos por tentar saber como tinha corrido a semana mas pouca conversa e, como é habitual, principalmente na presença de meninas, começaram as “comichões”. Desta vez resolvemos não ignorar e a nossa líder perguntou-lhe o porquê destas? Teria algum problema? Ao que respondeu prontamente que tinha muita comichão nas mãos e mostrou-as.

No mesmo sítio cruzámo-nos com o bem disposto Sr. das anedotas. Falou-nos em como a sua vida é melhor fora da rua, dos petiscos que sabe cozinhar e dos assaltos à sua casa.

Mais a baixo, nem sinal do Sr. F. Deixamos o saco junto aos cobertores.

Seguimos para o Sr. J. Vinha a descer a sua rua, estacionamos. Começou um novo trabalho de recolha de óleos para reutilizar. Queixou-se das dificuldades físicas que tem em realizá-lo.

Passamos pelo Sr. M L, indicado pela Carla e já nosso conhecido. Estava a dormir no entanto recebeu-nos bem e combinamos mais conversa para próxima semana.

Seguimos para o Aleixo à procura do P. Dê-mos uma volta sem parar, dada a confusão de gente à espera das carrinhas da comida. Quase à saída encontrámo-lo, subimos até um jardim ali perto, mais sossegado. Está a viver um momento de grande solidão. Contou-nos que precisou de afastar-se de todos por estar a passar por uma circunstância muito dolorosa: o seu irmão está bastante doente e em sofrimento. Falou-nos da sua relação com ele e do que sente ao vê-lo nessa situação. Deixou a metadona, continua a consumir. Vive num quarto próximo dali e vem ao Aleixo ao domingo à noite para receber comida das carrinhas. Está confuso, contudo quer mudar de vida. Não sente o apoio dos pais mas o sogro está disposto a ajudá-lo, se ele lhe der provas que está a mudar. Quer, voltar a fazer o tratamento com metadona, regressar a um Cat. Reafirmamos que pode contar com a nossa ajuda e marcamos encontro no domingo seguinte.


Tomai, Senhor, e recebei

Toda a minha liberdade, a minha memória,

o meu entendimento

e toda a minha vontade.

Tudo o que tenho e tudo o que possuo

Vós mo destes.

A Vós, Senhor, o restituo.

Tudo é vosso,

disponde de tudo segundo a vossa inteira vontade.

Dai-me o vosso amor e a vossa graça,

que isso me basta.



São Moura

segunda-feira, junho 04, 2007

Crónica da ronda de 27/5/2007 (Boavista)

Mais um domingo, mais uma ronda!

A noite começou por reforçar os sacos, dar dois dedos de conversa com todos os que estavam, distribuir cobertores, de mais um donativo e, ainda bem já que o frio parece que este ano não que ir embora.

Reunimo-nos e iniciamos mais uma oração para nos dar força para mais uma noite!

Partimos inicialmente separados, a Joana e Ana foram ao restaurante buscar a P. para a levar à Trindade, já que antes da ronda não tinham conseguido falar com ela, estava atrapalhada e a despechar o serviço para poder voar em direcção ao P. Quando lá chegaram já iam, infelizmente, tarde, ela já tinha ido para a trindade apanhar o comboio para ir ter com o P.

Entretanto eu, o Rui e o Jorge partimos para a D. F. que não sabemos se não terá ido ver o jogo, nem sinal do nosso grandioso leão!

Partimos para a próxima paragem na esperança de vermos o sr Z. Também não tivemos sorte e não o vimos. Seguimos em direcção à boavista.

Chegando ao sitio do R., também não estava. Decidimos dar uma volta a ver se o encontrava-mos nos arredores e lá o encontramos. Estava triste, desanimado, com frio... Lá nos pediu mais uma vez para irmos com ele ao CAT. Desesperado por estar naquela vida, lá se combinou mais uma ida para quarta-feira. A Joana e a Ana lá se juntaram a nós e entregamos o saco e mais um cobertor pois o que ele tinha foi roubado.

Partiram os quatro da vida airada. A Joana, Ana, Rui e Jorge, pois infelizmente o cansaço falou mais alto e nao aguentei acompanha-los.

Marcou-se então a ida na 4a ao CAT para começar o longo caminho, ele tem vontade pois metadona no mínimo só na 2a depois, por causa de problemas extraordinários.

Vimos o JP com a sua ressaco-pressa habitual, e falamos bastante com a M, que ficou entusiasmada em ir tb na 4a de manhã, vamos a ver, ela quer tentar, esta foi a melhor novidade da noite.

Falamos com a Sr. A em frente às televisões, e como tão pouca gente quis o nosso chá, bebemos todos com ele! Ele continua na mesma, tentando que "tristezas não paguem dívidas".

Ainda tentamos encontrar um novo Sem abrigo que nos foi indicado mas não o encontramos. Voltamos à D. F e em breve vai sair a sentença do filho (torcemos todos os dedos por eles), o Sr. V e Sr. M estavam bem alcoolizados, por isso a conversa não deu para muito...

Partilhamos a nossa noite que foi especialemente longa.

Benedita e Jorge

[Na 4a nem o R nem a M foram ao CAT porque não tinham uma dose de reserva para não irem ressacar para o CAt e não conseguirem não estar só focados na droga... foi mais uma tentativa. O único consolo é que os problemas do metro dessa manhã teriam complicado imenso o irmos os 3's..]